A NovaPolis – Associação Cívica da Figueira da Foz, em parceria com a ACIFF e o ISEC, levou a cabo no dia 15 de Janeiro de 2022 a primeira Talk sobre o futuro da Figueira da Foz, contando com a sala de conferências do Sweet Atlantic Hotel & Spa praticamente lotada para ouvir três empresários da região centro sobre caminhos para uma estratégia de desenvolvimento sustentado e sustentável para a Figueira da Foz.
A conferência foi aberta pelo Presidente da NovaPolis, o qual salientou “a importância destas iniciativas da sociedade civil porquanto os autarcas estão sempre muito ocupados com a gestão diária do seu município, sobrando muito pouco tempo para a reflexão sobre os problemas estruturantes do Concelho. Por isso, este ciclo de conferências é o contributo da NovaPolis para que a Figueira da Foz não fique parada no tempo, embrenhada em problemas como a adequação do sistema informático da Câmara ou se o fogo de artifício na passagem de ano deve ser de um ou dois dias”.
Já Nuno Lopes, Presidente da ACIFF, deu nota de que “os empresários devem procurar sempre mais e melhor conhecimento, porque só assim se consegue inovar e aumentar a produtividade das empresas, e esta iniciativa vem exactamente nessa linha estratégica que defendemos”.
A sessão de abertura terminou com o Presidente do ISEC, Mário Velindro, relembrando que “o ISEC renovou recentemente a presença do ensino superior na cidade, com novos cursos, numa lógica de preparar quadros qualificados para a indústria do concelho, e a sua associação a este tipo de conferências vai na linha de continuidade de ajudar a reflectir sobre as questões prioritárias para o concelho da Figueira da Foz”.
De salientar ainda as intervenções dos palestrantes:
– Paulo Pinto, CEO ibérico da La Redoute, grupo multinacional com 184 anos, nasceu no norte de França, na indústria têxtil e hoje é um player puro de e-commerce: defendeu que “o novo paradigma empresarial assenta em três vectores essenciais – o digital, o trabalho e a sustentabilidade -, sendo prioritário para as empresas adaptarem-se aos novos figurinos que a pandemia trouxe consigo, tanto mais que se estima que já no final da próxima década cerca de 95% das compras sejam facilitadas pelo e-commerce”.

– Vitor Ferreira, Diretor da Startup Leiria, constituída em 2004 por iniciativa do Politécnico de Leiria, da Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI) e da Câmara Municipal de Leiria, hoje conta com 34 associados, maioritariamente empresas: falou sobre “a importância da Figueira da Foz conseguir atrair empresas com potencial para se tornarem casos de sucesso, porque são essas que tendem a atrair novas dinâmicas de investimento internacional e a fomentar atratividade de recursos humanos qualificados, mas para isso primeiro que tudo a Figueira da Foz precisa definir muito claramente qual é o seu foco porque não pode apostar em tudo”.

– David Carvalhão, Serial Entrepreneur, Business and Technology Expert for the EU, criador de mais de duas dezenas de startups: falou em como se torna “urgente repensar alguns modelos de negócio na Figueira da Foz, adaptando-os à nova realidade que adveio com a pandemia, mas tendo sempre em consideração o potencial e a identidade da Figueira da Foz, e, nesse quadro, negócios ligados à economia azul ou à hotelaria de recobro serão aqueles que se afiguram como os mais promissores”.
