Escola do ensino do Português na Marinha das Ondas venceu o Prémio NovaPolis Natércia Crisanto na categoria “Projeto da Sociedade Civil”.
Pela mão de Dulce Pedrosa, Fernanda Jordão, Isabel Cordeiro e Vera Parracho surgiu na Marinha das Ondas o projecto “Escola de Português”.
Este projeto, que começou de forma empírica, tem contribuído decisivamente para a integração destes imigrantes vindos do Nepal, do Bangladesh e da Índia e dado uma nova vida à freguesia (uma das duas únicas que cresceram em termos populacionais entre 2011 e 2021 segundo os últimos Censos).
No início, o grupo de alunos era constituído quase exclusivamente por homens. Todavia, o facto de se sentirem integrados fez com que trouxessem mulher e filhos. Apesar de estarem longe da sua família, do seu país e da sua cultura, estas pessoas têm-se inserido na perfeição na comunidade marinhense, contribuindo fortemente para o desenvolvimento da vila onde trabalham e onde reorganizaram a sua vida.

Este projecto revela desde logo um espírito de alerta para com uma franja da população naturalmente fragilizada. A iniciativa, para além de agilizar desde logo o dia a dia daquela comunidade, com o conhecimento da língua portuguesa, contribui para o processo de integração e a não discriminação de uma franja da população residente na freguesia. É uma ação de inclusão social num processo de modelo coletivo de cidadania.No caso, o projeto é de uma importância fulcral para a inclusão e sociabilidade de imigrantes, mas também para a divulgação e ensino da língua portuguesa.
A Marinha das Ondas, uma pequena freguesia da Figueira da Foz , tem quase 10 por cento de residentes estrangeiros. A grande maioria são oriundos do Nepal, da Índia e do Bangladesh e vieram para trabalhar na maior empresa agro-alimentar das região. Atualmente são cerca de 300 pessoas.